quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - FORMA-SE O PARTIDO

“ O ano é 1945, as tropas aliadas cercam Berlim, o exercito Nazista não tem mais para onde fugir ou mesmo o que fazer, so lhes restava lutar até a morte ou se renderem. Então em Abril de 1945 Adolf Hitler suicida-se com a aproximação do exército vermelho de seu bunker, era o fim da guerra para os alemães”.

Sim meus amigos, vocês estão corretos, este é primeiro post sobre a segunda guerra mundial, e vamos falar da gêneses do Partido Nazista, que viria a tomar conta de grande parte da Europa alguns anos depois. Não percam.

Obs: O que vai se relatar aqui, são fatos históricos e sem quaisquer pretensão de se fazer apologia a qualquer força opressora que possa ter existido.  

 

O PARTIDO NAZISTA

Muitos vão se surpreender que antes de se tornar um movimento como se tornou o “Nazismo” era apenas um partido com “certas ideologias” na Alemanha.

No início de 1918, um partido chamado Freier Ausschuss für einen deutschen Arbeiterfrieden (Comitê livre para uma paz dos trabalhadores alemães) foi criado em Bremen, Alemanha.[1] Anton Drexler, um serralheiro de Munique, formou uma ala deste comitê em 7 de março de 1918, em Munique. Em 1919, Drexler, com Gottfried Feder, Dietrich Eckart e Karl Harrer, mudaram seu nome para Deutsche Arbeiterpartei (Partido dos trabalhadores alemães, abreviado DAP). Este partido foi o predecessor oficial de NSDAP, e tornou-se um dos diversos movimentos populistas que existiam na Alemanha após a derrota na Primeira Guerra Mundial. A fim de investigar o DAP, o Serviço de Informação do exército alemão enviou um jovem cabo, Adolf Hitler, para observar as atividades do partido. No entanto, Hitler ficou impressionado com o que viu, e juntou-se ao partido como membro número 55 (embora Hitler mais tarde afirmasse ser o "Membro número 7 do partido" para dar a impressão que tivesse sido um dos fundadores). Ele foi, na realidade, o sétimo membro do comitê central do DAP. Neste estágio inicial, Hitler levantou a idéia de trocar o nome do partido e propôs o nome de "Partido social revolucionário".[2] No entanto, Rudolf Jung insistiu que o partido deveria manter o padrão do partido nacional socialista austríaco. Em conseqüência, o DAP foi rebatizado para NSDAP em 24 de fevereiro de 1920.

Outros membros iniciais do partido nazista incluem Rudolf Buttmann, diretor geral da Bayerische Staatsbibliothek (Biblioteca estadual da Baviera) e Hermann Esser, editor do jornal Völkischer Beobachter.

Adolf Hitler tornou-se o chefe do partido nazista em 29 de julho de 1921, e em seguida começou um programa mediante o qual o partido nazista se transformou numa organização radical e revolucionária. A Sturmabteilung (seção de assalto) foi fundada naquele mesmo ano, e começou uma política de expansão do partido nazista por meio do medo, intimidação e ataques violentos a outros partidos políticos.

Nesses anos iniciais, o partido nazista estava confinado principalmente na Baviera, na cidade de Munique. Grupúsculos nazistas existiam em outros lugares da Alemanha, mas os programas e calendários eram tais que, mesmo entre os nazistas, tais grupos fora da Baviera eram considerados à parte do partido nazista principal.

O desastre para o partido aconteceu em 1923, quando o partido nazista tentou tomar o poder do governo da Baviera no que ficou conhecido como o "Putsch da cervejaria". O golpe de dois dias foi esmagado pelas autoridades de Munique, e diversos nazistas foram mortos no processo. Hitler e seus conselheiros principais foram julgados e presos por traição. As sentenças variaram de 12 a 18 meses, com Hitler sendo preso na prisão de Landsberg. Durante esse período, de 1923 a 1925, o partido nazista deixou de existir. No entanto, Hitler usou esse tempo para escrever Mein Kampf, detalhando como iria organizar seu retorno político quando fosse libertado da prisão.

O partido ressuscita

Em seguida à liberação de Hitler, em 1925, o NSDAP foi refundado, com Hitler tomando carteira de membro número 1. Nesse mesmo ano, a Schutzstaffel (SS) foi fundada. A evolução do partido, durante esse período, é parte integral do declínio da República de Weimar.

O segundo partido nazista teve Gottfried Feder como teórico econômico. Rudolf Jung forneceu ao renascido partido uma ideologia pronta que trazia consigo da Checoslováquia. Tratava-se do Programa Nacional Socialista, com 25 pontos. Hitler acrescentou suas idéias sobre a política estrangeira, e Julius Streicher as suas ainda mais virulentas idéias anti-semitas.

Entre 1925 e 1929, os nazistas tiveram resultados eleitorais ridículos. Na eleição de 1930, no entanto, os nazistas (impulsionados pelos problemas econômicos alemães na incipiente Grande depressão) aumentaram sua votação dramaticamente, tornando-se o segundo maior partido no Reichstag. O NSDAP continuou a melhorar sua posição nos anos subseqüentes, apesar da proibição, em 1932, dos SA (a milícia privada do partido). Nas eleições de 1932, o partido alcançou um total de 13,75 milhões de votos, tornando-se o maior bloco do Reichstag.


A tomada do poder

Os nazistas jamais ganharam uma maioria eleitoral por conta própria, mas Hitler foi indicado Chanceler de uma coalizão governamental pelo Presidente Paul von Hindenburg em janeiro de 1933. Seus parceiros na coalizão foram os Nacionalistas de direita, liderados por Alfred Hugenberg, o "barão da imprensa", e seu vice-chanceler foi o ex-líder do Partido Central Católico e antigo chanceler Franz von Papen.

Em 27 de fevereiro de 1933, o edifício do parlamento, o Reichstag, sofre um incêndio. Este incêndio foi rapidamente atribuído aos comunistas, e usado como desculpa pelos nazistas para fechar os escritórios do partido comunista alemão, banir sua imprensa e encarcerar seus líderes. Além disso, Hitler convenceu o Presidente von Hindenburg a assinar o "Decreto de incêndio do Reichstag", abolindo grande parte dos direitos da constituição de 1919 da República de Weimar. Um outro decreto permitiu a detenção preventiva de todos os deputados comunistas, entre diversos outros membros do mundo político alemão.

O principal meio através do qual Hitler se tornou ditador da Alemanha foi o ato Ermächtigungsgesetz (Ato de Habilitação ao Poder), que dava ao chanceler o poder de decretar o estado de emergência e de suspender as restrições legislativas ao seu poder como chefe do Executivo alemão. Para passar esse ato, Hitler organizou uma eleição para o Reichstag em março de 1933, com o intuito de formar uma maioria para adotar esse único ato, que colocava o poder inteiramente nas mão do Chanceler.

Os nazistas obtiveram 43,9%; junto com os seus aliados nacionalistas de direita (DNVP), eles controlaram uma coalizão de maioria parlamentar de 51.8%. No entanto, para dar legitimidade ao Ato de Habilitação ao Poder, Hitler precisava fazer passar uma mudança constitucional. Von Papen, com o líder do Partido Centrista Católico Monsenhor Ludwig Kaas, elaborou um acordo entre o Papa Pio XI e o Cardeal Pacelli (o futuro Papa Pio XII). Em retribuição a esse acordo, o partido Central deu o apoio parlamentar necessário para passar o ato, e uma maioria constitucional de dois terços foi obtida. Os 31 votos do Partido Centrista, adicionados aos votos dos partidos burgueses de classe média e dos Nacionalistas de direita, deram a Hitler o direito de governar por conta própria e de abolir diversos direitos civis.

Em cinco cláusulas, o Ato de Habilitação ao Poder deu ao governo o direito de mudar a constituição e de aprovar leis sem a aprovação legislativa, ao Chanceler o direito de revisar a legislação, ao Gabinete o direito de passar acordos internacionais e uma renovação do decreto a cada 4 anos, dependente da continuação do governo. O único partido de esquerda restante no Reichstag, o Partido Social-Democrata da Alemanha, valentemente protestou contra a aprovação do ato. Quando o Reichstag se reuniu na Ópera Kroll, patrulhado pela milícia marrom SA, o Ato de Habilitação ao Poder foi aprovado e, como punição pela dissensão, os Social-Democratas tornaram-se o segundo partido abolido pelos nazistas (em 22 de junho), após a mudança da sua direção para Praga.

Em 14 de julho de 1933, os nazistas proibiram a formação de qualquer novo partido, e a Alemanha se tornou um estado a partido único sob o NSDAP. Isso era parte do Gleichschaltung (sincronização). Hitler manteve o Reichstag como púlpito, com o Reichsrat (Conselho) controlado por nazistas, que rapidamente trataram de dissolver o Reichsrat como corpo legislativo. Os corpos legislativos dos estados alemães tiveram o mesmo destino, com o governo central alemão tomando conta de todos os poderes legislativos locais e do Estado.

Em uma declaração de 23 de março de 1933, Hitler afirma que as duas principais igrejas da Alemanha eram os "fatores mais importantes" na manutenção do bem-estar alemão. Dali em diante, o que fora até então um episcopado crítico passou a apoiar o regime nazista abertamente e, com o acordo entre Pio XI e o Cardeal Pacelli, finalmente forneceu-lhe aceitação e reconhecimento internacionais.

A consolidação do poder

Entre 1934 e 1939, o partido nazista iniciou uma série de medidas para juntar o partido nazista e o governo alemão numa única entidade. Foi também nesse período que a visão racial nazista foi transferida para a prática legal,a Alemanha tornando-se um estado anti-semita e racial após a promulgação das Leis de Nuremberg em 1935.

O primeiro ato de Hitler para juntar o partido nazista e o governo alemão aconteceu com a morte do presidente Paul von Hindenburg, em agosto de 1934. Três horas antes da morte de Hindenburg, o governo de Hitler promulgou uma lei que teria efeito a partir da morte de Hindenburg e que prescrevia que o posto de presidente seria unido ao de Chanceler, e que Hitler seria desde então o Führer e o Reichkanzler (chanceler) da Alemanha. Com este acto, Hitler fez de si mesmo o Chefe de Estado, chefe do governo e presidente do partido nazista num só posto.

No meio dos anos 1930, o partido nazista indicou e configurou praticamente todo o governo alemão com membros do partido nazista. Além disso, em 1936 os SS tinham-se tornado a polícia do Estado e controlavam todos os aspectos da aplicação da lei e da política. Quando a Segunda Guerra Mundial começou, em 1939, não havia praticamente nenhuma distinção entre o partido nazista e o governo da Alemanha.

O ato que fez de Hitler o ditador da Alemanha, o Ermächtigungsgesetz, foi prolongado em 1937 e em 1941 por tempo indeterminado. No final de 1944, no entanto, havia alguns na Alemanha que acreditavam que os nazistas fossem um simples partido político que estava no poder no momento, mas que podiam, via votação, ser afastados do poder quando e se o povo alemão o desejasse. Na teoria, pelo menos, a ditadura de Hitler não deveria durar eternamente, e alguns alemães viam o Ermächtigungsgesetz como temporário até o final da Segunda Guerra Mundial, quando a Alemanha se tornaria novamente um país democrático com uma presidência e uma chancelaria separados em dois postos distintos novamente.

Bom Está foi a primeira parte da serie Segunda Guerra Mundial, aguardem pelos próximos artigos,

Um forte abraço a todos.

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