quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O FIM DO MISTERIO DA NONA LEGIÃO ROMANA

Dia 05 de novembro estreia o filme Centurião, épico que narra o intrigante desaparecimento da mais célebre unidade de soldados de Roma
por Graziella Beting
Divulgação




O ator Dominic West no papel do general Titus Virilus, comandante da lendária unidade do exército dos césares


A Nona Legião foi uma das unidades mais temidas do exército romano até desaparecer misteriosamente no século II. Reza a lenda que ela teria sido enviada para lutar contra os pictos, uma tribo guerreira da região da Caledônia (atual Escócia), e nunca mais voltou, mas não há registros do que ocorreu com a unidade. Esse enigma, que já rendeu livros e filmes, é o tema de Centurião, grande produção britânica que chega aos cinemas brasileiros este mês.

O filme se passa no ano 117, época em que o Império Romano atingia o auge de sua expansão. Ao norte, porém, o avanço estava comprometido, barrado pela temível tribo dos pictos. Para vencer tal obstáculo, o governador romano da Bretanha, Agrícola, acionou a mítica Nona Legião, a Legio IX Hispana, com a missão de dizimar os pictos e eliminar seu líder, Gorlacon. Guerreiros selvagens, tidos pelos romanos como bárbaros, esses nativos das ilhas britânicas são considerados um dos últimos povos celtas, que se fixaram nas Terras Altas da Escócia.

O filme conta a história do centurião Quintus Dias (interpretado pelo ator Michael Fassbender), sobrevivente de um ataque picto, que se junta à Nona Legião, comandada pelo general Titus Virilus (Dominic West), e participa da última missão da célebre unidade.
Centurião foi escrito e dirigido por Neil Marshall, cineasta que é considerado um dos mais importantes nomes do atual cinema britânico, especialmente no gênero terror. Portanto, não é de estranhar a ênfase dada às pinturas corporais dos guerreiros pictos, seu aspecto zumbi, o excesso de sangue e os longos combates do filme.


Olga Kurylenko encarna Etain, chefe guerreira que lidera os pictos na resistência contra os legionários romanos

Em declarações à imprensa, Marshall afirmou que a motivação para sair do mundo do terror e criar sua aventura épica a partir de fatos históricos veio do mistério em torno do desaparecimento da Nona Legião, fato que nunca foi totalmente esclarecido pelos historiadores. Segundo o próprio realizador, a aventura não tem a preocupação de oferecer uma resolução do mistério baseada nas evidências históricas.

O fato de não haver muitos registros sobre a Nona Legião é considerado, para alguns pesquisadores, indício de que, talvez, ela tenha mesmo caído em desgraça ao tentar invadir a Caledônia – feito que não seria documentado pelos historiadores romanos. No entanto, outros estudos avaliam que talvez a invencível legião não tenha tido um fim tão épico quanto o reproduzido pela lenda. Seus legionários podem ter continuado a combater, em nome do império, sob diferentes formações, em missões e batalhas menos importantes, e certamente menos vitoriosas.

De toda forma, o mito da Nona Legião deve continuar, pelo menos nos cinemas. O diretor Kevin Macdonald, escocês, autor de O último rei da Escócia, está, coincidentemente, finalizando outra grande produção sobre o mesmo assunto: The Eagle of the Ninth – A Águia da Nona, em referência ao símbolo do estandarte da legião romana, jamais encontrado. A estreia dessa outra produção está prevista para fevereiro de 2011 nos Estados Unidos e Europa – ainda sem data para o Brasil.


FONTE: HISTÓRIA VIVA

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