Projeto pioneiro de mapeamento a partir de fotos tiradas do espaço identifica mais de 3 mil sítios arqueológicos desconhecidos no país
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por Pietro Henrique Delallibera
Há quase uma década, a professora Sarah Parcak, da Universidade do Alabama, vem utilizando fotografias tiradas por satélite para localizar e estudar sítios arqueológicos em várias partes do globo. Na última semana, a pesquisadora apresentou os resultados de seu projeto mais ambicioso: construir uma espécie de “planta” completa do Antigo Egito a partir desse tipo de imagem.
Não poderia ter dado mais certo: a equipe de pesquisadores do Sepe(Survey and Excavation Projects in Egypt – Projetos de busca e escavação no Egito), grupo de especialistas liderado por Parcak, localizou nada menos que 17 novas pirâmides e mil tumbas desconhecidas. Além disso, imagens em infravermelho ajudaram a identificar estradas e agrupamentos urbanos que pareciam perdidos. É o caso da cidade antiga de Tanis, atualmente San El Hagar, que teve o traçado original de suas ruas revelado pelas modernas tecnologias.
Ao todo, são cerca de 3100 sítios arqueológicos que, se não fosse por fotografias tiradas a 700 km de distância da superfície terrestre, provavelmente continuariam soterrados no deserto.
A partir de agora, o projeto vai seguir em duas frentes: por um lado, os pesquisadores tentarão localizar outros sítios arqueológicos, soterrados em locais de localização mais difícil. De acordo com declarações da professora Parcak ao site da rede britânica BBC, é o caso de assentamentos que foram encobertos pelo lodo trazido pelo Nilo, o que dificulta o uso de técnicas como o infravermelho.
A segunda frente de trabalho é a mais óbvia: o grupo agora precisa escavar os milhares de novos sítios e recolher os objetos que forem encontrados. Afinal, isso é algo que as modernas tecnologias ainda não podem fazer pelos arqueólogos.
FONTE: HISTÓRIA VIVA
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