Convento de Santo Antônio, localizado na capital pernambucana, guarda maior coleção de azulejos antigos dos Países Baixos fora da Europa
por Heloísa Broggiato
O Convento de Santo Antônio, que guarda quase mil peças típicas da cerâmica dos Países Baixos do século XVII
Quando os holandeses invadiram Pernambuco, em 1630, transformaram o Convento de Santo Antônio, no Recife, em um forte. Ao partir, deixaram ali uma preciosidade. A maior coleção de azulejos holandeses do século XVII fora da Europa.
Ao retomar o controle do local, os portugueses redecoraram o forte com seus próprios azulejos, mas o patrimônio deixado pelos rivais sobreviveu. As 923 peças holandesas, em branco e azul, se diferenciavam das demais por não apresentarem imagens religiosas, mas sim figuras de cavaleiros, barcos, animais, monstros marinhos, paisagens e jogos infantis – temas típicos da cerâmica dos Países Baixos da época.
Ao longo dos séculos, porém, a coleção desapareceu sob camadas de tinta aplicadas durante as várias reformas pelas quais o convento passou. O tesouro holandês só foi redescoberto em 1966, e recentemente uma missão de restauradores e historiadores holandeses visitou o Recife para avaliá-lo. A World Monuments Fund já demonstrou interesse em financiar a restauração dos azulejos por considerá-los um patrimônio mundial.
Heloísa Broggiato é jornalista, tradutora, cientista política e mestre em política internacional e segurança pela Universidade de Bradford, na Inglaterra
FONTE: HISTÓRIA VIVA
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