quinta-feira, 21 de outubro de 2010

UM TESOURO HOLANDÊS ESCONDIDO EM RECIFE

Convento de Santo Antônio, localizado na capital pernambucana, guarda maior coleção de azulejos antigos dos Países Baixos fora da Europa

por Heloísa Broggiato

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O Convento de Santo Antônio, que guarda quase mil peças típicas da cerâmica dos Países Baixos do século XVII

Quando os holandeses invadiram Pernambuco, em 1630, transformaram o Convento de Santo Antônio, no Recife, em um forte. Ao partir, deixaram ali uma preciosidade. A maior coleção de azulejos holandeses do século XVII fora da Europa.

Ao retomar o controle do local, os portugueses redecoraram o forte com seus próprios azulejos, mas o patrimônio deixado pelos rivais sobreviveu. As 923 peças holandesas, em branco e azul, se diferenciavam das demais por não apresentarem imagens religiosas, mas sim figuras de cavaleiros, barcos, animais, monstros marinhos, paisagens e jogos infantis – temas típicos da cerâmica dos Países Baixos da época.

Ao longo dos séculos, porém, a coleção desapareceu sob camadas de tinta aplicadas durante as várias reformas pelas quais o convento passou. O tesouro holandês só foi redescoberto em 1966, e recentemente uma missão de restauradores e historiadores holandeses visitou o Recife para avaliá-lo. A World Monuments Fund já demonstrou interesse em financiar a restauração dos azulejos por considerá-los um patrimônio mundial.

Heloísa Broggiato é jornalista, tradutora, cientista política e mestre em política internacional e segurança pela Universidade de Bradford, na Inglaterra

FONTE:
HISTÓRIA VIVA


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