Governo de Madri lança programa para vasculhar as costas do país em busca de embarcações e tesouros naufragados entre os séculos XVI e XIX
Tela de Francis Sartorius mostra o naufrágio do Nossa Senhora de Mercedes. Governo espanhol não quer repetir o problema de 2007
A Marinha Espanhola lançou no último dia 08 de setembro um programa para proteger o patrimônio histórico que está submerso nas costas do país. Equipada com navios, submarinos, dois caça-minas e cerca de 100 profissionais, a instituição vai passar dois meses vasculhando o litoral da cidade de Cádiz, no sul da península Ibérica, em busca de vestígios de naufrágios que ocorreram nos séculos passados.
Nesse primeiro mês de atividades, a Marinha já identificou uma centena de possíveis sítios na região, o que totalizaria, segundo informações publicadas pelo jornal inglês The Guardian, algo entre 500 e 800 embarcações afundadas. O chamado Golfo de Cádiz é uma das áreas que mais abriga tesouros submersos, já que a região recebia boa parte dos navios espanhóis que durante os séculos XVI, XVII e XVIII traziam ouro e prata das colônias americanas.
Por enquanto, nenhum dado foi confirmado pelo governo espanhol, que encaminhou os vestígios encontrados para análises laboratoriais e de arqueólogos. Comprovada a sua originalidade, esses materiais devem ser encaminhados para instituições como o Museu Naval de Madri e o Museu Nacional de Arqueologia Subaquática.
Segundo informações do mesmo periódico, esse programa da Marinha seria uma resposta do governo espanhol a um incidente ocorrido em 2007 envolvendo o navio Nossa Senhora das Mercedes. A embarcação, afundada pelos ingleses em 1804 no sudoeste de Portugal, foi encontrada pela empresa transnacional Odyssey Marine Exploration, que retirou do local cerca de 500 milhões de dólares em moedas e artefatos.
FONTE:
http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/patrimonio_submerso_no_litoral_espanhol.html
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