O monte Olimpo estava com os dias de paz e tranquilidade contados. Mas uma vez uma velha e conhecida profecia fora revelada. Gaia, aquela que perdurara desde o princípios dos tempos. Previra que o filho varão do seu neto Zeus, viria ao mundo para destrona-lo. Assim como ele fizera com o seu pai Cronos.
O deus dos deuses, parecia não acreditar nas profecias de sua velha avó. Acreditava que ninguém jamais ousaria usurpa-lhe o trono. Mesmo quando a avó usará o trunfo das atitudes passadas do governante, ele não se abalara. Sabia que quando enganou o próprio pai e causou o nascimento dos irmãos, fora por um motivo mais que justo.
Zeus, deu o assunto por encerrado e levantou-se de seu trono preparando para deixar seu palácio, quando foram interrompido novamente pela avó que desejava saber onde ele iria. Quando revelou que iria se encontrar com a deusa Métis, Gaia imediatamente o advertiu para que não fosse pois seria Métis a futura mãe do filho usurpador. Zeus prometera a avó que evitaria maiores intimidades com a deusa e que somente a veria como amiga.
Mas ao encontrar Métis, o coração falou mais alto. A paixão tomou de assalto o rei dos deuses e assim ele sucumbiu ao desejo e amou Métis intensamente. Não recordando-se da promessa que fizera a avó e tão pouco da profecia.
Ao fim do dia a amada Métis anunciaria a Zeus que estava grávida e que teriam uma menina. Ao ouvir tais palavras o rei dos deuses, leva um choque e em sua mente retornam os avisos de Gaia. Um misto de emoções o sobressaltou. Não poderia deixar que o filho nascesse, de maneira nenhuma permitiria que seu trono fosse usurpado. Agiu rápido! Olhando a amada deslumbrada de tamanha felicidade por estar grávida e ainda de quem amava, não pensou duas vezes
Zeus escancarou sua boca de forma que jamais um humano conseguiria. E talvez não consiga nem imaginar o quão larga a boca do deus ficará. E sugando a amada para dentro de si mesmo e um ato de desespero tal qual fizera o seu próprio pai. Retornou ao Olimpo satisfeito consigo mesmo por proteger o seu trono. Contara a avó como revertera a obscura profecia e reafirmou que jamais usurpariam o seu trono. Mas quem disse que não haveriam consequências?
Alguns dias depois o rei dos deuses despertara com uma dor terrível. Aqueles que vieram rápido em seu auxilio ficaram espantados com o tamanho da cabeça do deus. Mal se aguentando de dor ordenou Hefesto, deus dos vulcões, viesse em seu auxilio.
Hefesto viera correndo acudir o pai. Trazia consigo o seu melhor martelo e trajava o característico avental sujo de ferreiro. Não conseguiu identificar de imediato qual era o problema. Somente constatara o óbvio que algo estava dentro da cabeça do pai. Então propôs abrir a cabeça de Zeus para examinar melhor e identificar o problema. Sua medida causara espanto, mas o rei dos deuses já não aguentava mais de dor e sabia que não iria morrer acabara concordando com a ideia do filho.
Hefesto prontamente ergueu o martelo no ar, segurando com as duas mãos desferiu um poderoso golpe que ecoou por todo o palácio e fizera tudo vibrar. Um pequena rachadura abriu-se no crânio de Zeus. Então repetira o movimento pela segunda vez e a rachadura aumentara, mas ainda não era o suficiente. Ergueu pela terceira vez o poderoso martelo e deixou cair sobre o crânio rachado do pai. O último golpe terminara por expandir a rachadura.
Para espanto de todos, como se não fosse o bastante o fato de Zeus ter engolido a própria amada e ter sua cabeça rachada. Do crânio escapava um brilho intenso que cegara a todos momentaneamente. Quando Hefesto se aproximou, arregalou os olhos a perceber o que havia dentro da cabeça do pai. De lá de dentro, trajando uma brilhante armadura emergiu a deusa Atena. Conhecida como deusa da guerra, da sabedoria e da justiça.
OBS: Outra versão conta que Zeus enganou Metís propondo um pequeno jogo, onde ambos deveriam se transformar em algum animal e quando essa se transformou em uma mosca, fora engolida pelo deus.
BIBLIOGRAFIA:
- Hacquard, Georges, Dicionário da Mitologia Grega e Romana.
- Junito de Souza Brandão, Mitologia Grega Vol I, ISBN 8532604072
- A.S.Franchini, Carmen Seganfredo, As 100 Melhores Histórias da Mitologia, Editora L&MP. ISBN 85-254-1316-x
*.Imagens retiradas aleatoriamente do google imagens
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