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O número de escravos nos domínios romanos era enorme. Embora muitos deles já tivessem nascido sem liberdade (os vernae), a maior parte era constituída pelos mancipia, ou seja, homens livres escravizados. Não só os prisioneiros de guerra contra povos estrangeiros eram escravizados - o mesmo ocorria com cidadãos romanos vencidos em guerras civis e com os devedores que não conseguiam saldar suas dívidas no prazo combinado. O bando de gladiadores, acampado nas encostas do Vesúvio, recebeu a adesão de centenas de escravos e também de plebeus famintos, entre os quais era igualmente grande a insatisfação.
Roma, começava a sentir os efeitos daquela revolta e então decidiu enviar um exercito de 3000 soldados para por fim nos rebeldes, que cercaram o vesúvio, mas este cerco foi rompido com facilidade pelos Rebeldes que conseguiram dispersar os homens que haviam cercado o vesúvio. Assim o bando passou de 500 a Mil homens marchando em direção a província montanhosa de Lucânia.
Quando esses homens destruíram a cidade de Nola, o Senado romano compreendeu o alcance da ameaça que pesava sobre a capital do mundo e sua ordem escravista, e por isso entregou ao cônsul Públio Verínio Glaber a tarefa de combatê-la. Este, à frente de suas tropas, marchou ao encontro do inimigo, sendo derrotado, porém, em sucessivas batalhas. Chegando a Túrio, o exército rebelde acampou nos arredores da cidade, estabelecendo um acordo com os comerciantes e com a prefeitura da cidade. Emissários de ESPÁRTACO agitavam todo o sul da Itália, trazendo novos reforços aos rebeldes, que agora somavam 70.000. Os historiadores romanos Apianc e Salústio relatam que no acampamento os rebeldes tinham vida austera; o ouro, símbolo da corrupção, tinha sido abolido. Os ex-escravos mais cultos, em sua maioria sírios e gregos, instruíam os que desejassem. Segundo Salústio (83-35 a.C.), ESPÁRTACO era “grande no corpo e na alma, agindo principalmente pela persuasão, e não pelos métodos da feroz e desumana disciplina militar”
Em Túrio, através de um de seus informantes, ESPÁRTACO soube que um grande exército romano, comandado pelos cônsules Gélio Publícola e Cornélio Lêntulo, preparava-se para atacar os insurretos. Não se intimidando com essa informação, o ex-escravo marchou com seus homens rumo ao norte, para enfrentar o inimigo. Seu companheiro Crixo, que chefiava uma das tropas rebeldes, venceu a batalha de Gárgano, mas logo após foi massacrado. No Sâmnio, ESPÁRTACO conseguiu desbaratar as legiões romanas, e, às margens do Pó, decidiu avançar sobre Roma. Dominada pelo pânico, a cidade só foi salva pela hesitação dos invasores, o que permitiu a recomposição militar dos romanos comandados por Marco Licínio Crasso (114-53 a.C.). Este afastou os atacantes, e pouco a pouco os foi encurralando no extremo sul.
Não percam na próxima quinta o desfecho desta fantástica história.
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