terça-feira, 24 de agosto de 2010

REPULBLICA ROMANA - CAIO MARIO




‘Meus amigos amantes da história, retomando a serie de artigos sobre a república romana, hoje teremos Caio Mario, e vamos ver como a republica começa a se enfraquecer perante a grande expansão que viveu Roma neste período. Então vamos la. 

De origem volsca, Mário não pertencia à aristocracia tradicional de Roma, a sua
família provinha da região de Arpinum, onde detinha importantes negócios. Por este motivo, a sua progressão política na elitista República estava a princípio limitada. Mário fez no entanto o serviço militar durante a Terceira Guerra Púnica, onde participou no cerco de Numância. Ao fazer 30 anos, Mário entrou para o senado romano e cumpriu o seu mandato de tribuno da plebe em 119 a.C.. O seu percurso foi feito a pulso, perdendo várias eleições, visto que lhe faltava um apelido aristocrático que captasse os eleitores. Em 116 a.C., Mário consegue eleger-se pretor, embora com acusações de corrupção e suborno eleitoral, e no ano seguinte torna-se governador, com estatuto propretor, da província romana da Hispânia Ulterior. Este mandato ofereceu-lhe hipóteses de negócio que vão aumentar a sua fortuna consideravelmente.

Ao regressar a Roma, Mário, casa-se com Júlia Caesaris (tia de Júlio Cesar) e adquiri riqueza e hierarquia social devido ao suporte familiar consegue ser legado do militar ex-consul Quinto Cecílio Metelo Numídico na campanha da Numídia, que se saldou num sucesso. Esta sua vitória granjeou-lhe a fama necessária para ser eleito cônsul em 107 a.C. e no ano seguinte, foi ele próprio a encabeçar a expedição final contra o rei Jugurta da Numídia.

Após a campanha contra os Numídas, Mario Regressou a Roma, e então surgi os primeiros rumores de sua amizade com Lúcio Cornélio Sula. Mario conseguiu até um Triunfo para celebrar suas conquistas. 

Neste momento no norte da Itália, surge uma ameaça concreta a a Roma uma confederação de tribos germânicas,compreendendo cimbros (os mais numerosos), teutões, marcomanos e tigurinos, com cerca de um milhão de pessoas aproximava-se dos Alpes com a clara intenção de invadir a Península Itálica. 

Após uma derrota que quase aniquilara "uma geração" de homens os então consules Cneu Málio Máximo e Quinto Servílio Cipião foram chaves para o fracasso obtido por Roma nesta campanha de defesa. então em 104 a.c. é Mário foi eleito, aceitou a nomeação mas impôs a condição de ver o seu mandato renovado até a ameaça ter desaparecido. Exigiu ainda carta branca para a reorganização do exército e criou a primeira legião romana profissional, integrando na legião os capite censi (o proletariado romano). Em 102 a.C., na batalha de Aquae Sextiae (Aix-en-Provence), derrotou a tribo dos teutões e no ano seguinte aniquilou os cimbros na batalha de Vercellae (Vercelas), pondo fim à ameaça germânica.

Nos anos seguintes, Mário regressou à vida privada apesar de se manter um cidadão influente. Mas a ambição de novas vitórias esteve sempre presente e, 88 a.C., quando rebentou a Primeira Guerra Mitridática (contra Mitridates VI do Ponto), Mário ambicionou o comando. Desta vez, devido à idade e ao facto de ter já sofrido uma trombose que lhe paralisou o lado esquerdo do corpo, Mário falhou a nomeação. O general indicado para este comando foi Lúcio Cornélio Sula, seu antigo legado, que se tornou num alvo político a abater. Através do suborno de um tribuno da plebe, Mário legislou que o comando mitridático fosse removido de Sula e entregue a si próprio. Mas Sula tomou a espectacular decisão de recusar cumprir a directiva e em vez disso invadiu Roma com o seu exército. A cidade foi tomada à força e Mário teve de fugir para África com os seus colaboradores para evitar o assassinato. Sula abandonou Roma em direção ao Oriente em 87 a.C., e Mário desembarcou na Etrúria retomando o controlo de Roma com Lúcio Cornélio Cinna, um dos seus aliados políticos de maior confiança. Juntos organizaram uma limpeza de todos os aliados de Sula, assassinando muita gente. Mário conseguiu ainda o tão ambicionado sétimo consulado (a 1 de Janeiro de 86 a.C,), apesar das suas capacidades físicas e mentais estarem obviamente perturbadas. Mas durante uma guerra de repressão por parte de Cinna para com os romanos que estavam pilhando e saqueando a cidade, Mário acabou morrendo, já estando completamente destruído pelos problemas físicos e mentais (cirrose, problemas com a bebida que criaram isto, depressão e complexos).

Seu legado a história de Roma e principalmente da república foi singular, Mario promoveu inumeras reformas nas bases militares profissionais, que haveriam de servir a ninguém mais e ninguém menos que Caio Júlio Cesar, e na expansão do Império Romano. Do ponto de vista político, foi a cabeça da facção dos Populares e os sete consulados de Mário abriram um precedente político para a quebra das rigorosas regras eleitorais de Roma, que haveria de resultar numa sucessão de guerras civis e na queda da República em 27 a.C..


Um forte abraço a todos. 



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Um comentário:

  1. gostei do post.. pelo que entendi, será que posso dizer que esse cara teve as manhas??? rsrs... eba... fui a visitante 1000... \o/ parabens!!!

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