Como vimos no ultimo post, Roma e Cartago sofreram muito após a batalha de Cannas, onde Roma, estava praticamente desprotegida, mas mesmo assim Aníbal não atacou.
então vamos ver como termina o terceiro conflito entre as republicas.
O Quadro era um pouco complexo, os Cartagineses tentaram fazer a paz com os Romanos, mas o senado não aceitou e deu inicio a reorganização, para Roma, ser subjugada por Cartago era um absurdo e desta forma, iniciaram sua reação.
Atacaram as cidades da Itália que se aliariam a Cartago, confiscaram riquezas, afim de desestabilizar as cidades e as forças de Aníbal, e claro, para levantar fundos para o exercito. Contam em alguns relatos que, em algumas cidades a população chegou até mesmo a ser aniquilada.
Em outros teatros de operações a guerra continua, na Hispánia, O general romano Públio Cornélio Cipião (filho do general de mesmo nome que tentou deter os cartagineses em 218 a.C.) tomou Nova Cartago em 209 a.C. A reação Romana começava, e Aníbal, manda vir da Hispánia seu irmão o General Asdrúbal Barca, que foi morto durante a batalha de Metauro (207 a.C.).
Roma reconquistava pouco a pouco seu poder, e ia se refazendo das perdas impingidas por Cartago. em 208 a.c. A Macedônia se rende aos romanos, no ano seguinte, Roma ja havia derrotado e imposto seu controle também sobre a Hispânia e a Sicilia, não demoraria muito para a guerra chegar até a África.
Restava Aníbal, somente o controle das terras do sul da Itália.
Com o intuito de levar a guerra até Cartago, CIpião (já eleito cônsul) propôs ao senado que invadissem a África e atacasse o coração da civilização Cartaginesa, com este intuito, ele pretendia que Aníbal deslocasse suas tropas, mas o general não previa só isto, queria a derrota total de Cartago. O senado não aceitou tal proposta, mas de alguma forma Cipião, conseguiu permissão para atacar áfrica, só não podia recrutar tropas. então em 204 a.c. o General parte para a África.
A AFRICA É AFLINGIDA PELA GUERRA.
Ao desembarcar na África, os romanos, percebem que a mesma era muito mais avançada que a própria península itálica.
Ao saber da invasão os Cartagineses, manda toda sua cavalaria para atacar Cipião, mas o mesmo recua taticamente para uma armadilha mortal, desta forma consegue aniquilar toda a cavalaria Cartaginesa obtendo para sua causa duas importantes conquistas, mais apoio de Roma e o enfraquecimento da liderança de Cartago.
A manobra seguinte de Cipião, todavia, fracassou, com o cerco de seis semanas ao porto de Útica sendo levantado pelas tropas de Sifax, rei dos númidas e o mais poderoso aliado de Cartago, que veio se juntar às novas
tropas que o general cartaginês Asdrúbal Grisco recrutava. Juntas, estas forças muito superiores obrigaram Cipião a recuar até uma pequena península, que este fortificou e transformou em refúgio.
A partir desta base improvisada, planejou uma arriscada manobra, dando a impressão de que tentaria invadir o porto de Útica e, de repente, num ataque noturno, caindo sobre o acampamento das tropas de Sifax, situado a 11 quilômetros do acampamento cartaginês. Vendo o fogo se alastrar nas posições de seus aliados, os cartagineses abriram as portas de seu próprio acampamento na tentativa de ir socorrê-los e neste momento Cipião aproveitou para atacar também suas tropas, com o que conseguiu a completa derrota tanto de Sifax quanto dos cartagineses. Graças a esta vitória, entre Cartago e as legiões romanas não existia mais nenhuma oposição apreciável.
Ora, por ironia ou enormes coincidências, Cipião também não se dirigiu a capital Cartaginesa, por não possuir armas de cerco, e devido a cidade ser ainda muito maior do que a própria Roma. Opitou então pelo enfraquecimento de seus inimigos, atacando e anulando a ajuda dos aliados de Cartago, como os Numidas e assim Cartago se viu em um posição completamente desfavorável sendo necessário abrir negociações de paz com os Romanos.
Aníbal finalmente chega a África em 202 a.c. para por fim as tentativas de negociações, o general regressava da Itália com o propósito de acabar de vez com o confronto em sua nação. tem inicio então a batalha de Zama.
A BATALHA DE NARAGARA (ZAMA).
Com o retorno de Aníbal, a África, Cipião se viu em uma posição desfavorável, estava entre as tropas de Aníbal e a cidade de Cartago, então recuou seu exercito em direção inversa afim de evitar um confronto com o general Cartaginês ali. Sua principal estratégia era colocar o seu exercito no coração dos suprimentos de Cartago.
Forçado pelas lideranças de Cartago Aníbal então parte para fazer exatamente como o general romano queria, mas ao aproximar, Cipião recua ainda mais para afastar o exercito, cortando assim sua conexão com Cartago. Sendo que Cipião estava posicionado de forma que podia obter reforço de Massinissa que ficou responsável pelo governo na região dos Numidas.
Para esta batalha decisiva, Aníbal dispôs suas tropas primeiro, colocando-as em formação antes de Cipião. Nas alas, sua própria cavalaria de númidas e cartagineses protegia as alas da infantaria, formada na frente pelos celtiberos e gauleses e, atrás, pelas suas melhores tropas, de veteranos africanos. À frente do dispositivo, ele colocara intimidadores batalhões de elefantes.
Ter de dispor as tropas depois de Aníbal deixava Cipião numa situação difícil, mas para isto a cavalaria de Masinissa mostrou-se vital. Os esquadrões montados adentraram o cenário em coluna e, frente ao exército cartaginês, abriram-se em linha, protegendo a infantaria que evoluía atrás. Depois, deslocaram-se para os dois flancos da formação, assumindo posição idêntica as da cavalaria adversária, embora estivessem em número bem maior.
Cipião, trazia sua formação tradicional, Hastati, Principes, Velites, Triarii, e utilizando de um truque surpresa posicionou a frente coortes inteiras de homens armados com trompas de guerra logo nas primeiras filas da infantaria.
O Ataque foi iniciado por Aníbal, que ordenou as seus elefantes de guerra que marchassem sobre o inimigo, porem Cipião ordem as trompas que soem, assustando os animais, que desnorteados voltam a atacar seu próprio exercito
causando baixas aos Cartagineses.
Imediatamente, os romanos alternaram a posição dos Hastários com os Príncipes, enquanto a cavalaria de Massinissa pelo seu lado direito e de Caio Lélio pelo esquerdo avançavam e a cavalaria cartaginesa, inferiorizada em efetivos, recuava para fora do cenário da batalha. Neste ponto, Aníbal ordenou que sua infantaria atacasse, com os celtiberos e gauleses na frente e com seus veteranos atrás. No choque que se seguiu, a infantaria de Cartago não conseguiu empurrar a infantaria romana e a formação mais larga e mais delgada de Cipião mostrou sua superioridade, envolvendo os flancos da formação cartaginesa e a assolando de três lados. Por fim a cavalaria de Masinissa retornou pelas costas de Aníbal, cercando totalmente o exército de Cartago. Sem condição de evoluir taticamente, o exército cartaginês foi completamente derrotado.
Nesta critica situação, sem ter como reorganizar suas tropas, sem ter como receber reforços, pela posição erma que se encontrava, Aníbal, não tem escolha e se rende a Cipião. Cartago estava totalmente derrotada, após anos de conflito após inúmeras batalhas, inúmeras vitórias sobre Roma, agora sucumbirá.
Roma aproveita e estabelece como termos de paz, que Cartago deveria entregar toda a sua frota, pagar uma grande indenização
e não mais poderia pegar em armas sem a prévia autorização de Roma. assim chegamos ao fim da segunda guerra Púnica.
Aníbal, ficou como magistrado-chefe, na tarefa de arrecadar fundos para pagar a indenização a Roma, e procedeu muito bem neste intento, porem irritou sua própria corte, que o denunciou a Roma, forçando Cartago a entregar-lo aos Romanos. O general outrora vencedor, o maior inimigo de Roma, foge, rumo ao Império Selêucida, onde comanda mais um ataque a Roma, desta vez como responsável pelo ataque naval, o mesmo perde, fugindo novamente para Bitínia, onde quando prestes a ser entregue a Roma, comete suicídio envenenando se.
Cipião, o grande general que varreu Cartago da Itália, e derrotou por completo, fora acusado por adversários políticos de corrupção e terminaria se refugiando na Península Ibérica, abandonando Roma.
Desta forma, o conflitou terminou e seus grandes nomes, como Cipião e Aníbal, após lutarem ferrenhamente por suas nações e ambições, tiveram nada merecido destino.
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