segunda-feira, 24 de maio de 2010

REPÚBLICA ROMANA - GUERRAS PÚNICAS - SEGUNDA GUERRA - PARTE I

Ola meus amigos amantes da historia, volto com um dos artigos mais completo que já escrevi para o blog, demorou, mas está saindo do forno, quentinho a terceira parte da série sobre as guerras púnicas, hoje vamos ver a segunda guerra, quais foram as causas, como se desenrolou, o seu desfecho e ver sobre a maior derrota da história de Roma. 
Então vamos la. 







O QUADRO ANTES DA GUERRA.


Após a o fim da primeira guerra púnica, como vimos no artigo anterior (leia mais aqui), vimos que Cartago ordenou a Amilca que marchasse para a península hispânica afim de conquistar territórios e recuperar "os prejuízos" da primeira guerra. 


Amilca então marcha com seu exercito para a península e começa a conquistar territórios como os pequenos entrepostos, e começa a transformá-los em cidades como, por exemplo, Gades (atual Cádis). também dominou as tribos hispânicas e as ricas minas de prata de região.


Em 229 a.c. Amilca morre, e é substituído por seu genro Asdubral no comando da marcha pela península hispânica. Aqui, vale ressaltar o seguinte: Como já dito e que Cartago sofreu perdas na primeira guerra, e Roma havia se fortalecido na península Itálica, Cartago, decide que o melhor meio de chegar a Roma era pela península hispânica, justamente onde obteve muitas vitórias e começou a ameaçar Roma novamente. 


Pois em 226 a.c., após ter um pedido de ajuda das cidades gregas de Sagunto e Ampuria, Roma decide limitar o poder de Cartago, assinando neste ano com Asdrubal o acordo que delimitava a cidade de Sagunto como o limite de influencia das duas Potencias. 


Em 225 a.C., Asdrúbal fundou a cidade de Nova Cartago (atual Cartagena), a principal fortaleza e base naval da região, iniciando a reorganização militar de Cartago.


221 a.c. o general Asdrúbal é assassinado, em seu lugar, assume o general Aníbal com vinte e seis anos, filho de Amilca que contam alguns historiadores, que quando criança, Amilca jurou a seu pai que destruiria Roma 
a qualquer preço. 






DO INICIO DA GUERRA.




Aqui vemos Roma e Cartago no início da segunda guerra púnica. 




Após Aníbal assumir o controle da Ibéria, e continuar com os planos cartagineses de expansão e crescimento, o governo de Cartago, recuse-se a entrar em guerra contra Roma novamente. Sendo assim, Roma por temer uma aliança entre Cartagineses e Gauleses, forma alianças com a cidade grega de Sagunto a qual possui laços no passado e obviamente, seria -lhe muito útil em caso de uma guerra contra Cartago. 


Os Romanos haviam prevendo corretamente, pois a real intenção de Aníbal, era aliar as tribos Celtas e mais tarde os aliados de Roma na península Itálica, para enfraquecê-los e derrotá-los. Pois, em que 218 a.c. Aníbal resolve avançar a área delimitadora de influencia, e se dirige para atacar Sagunto. 
O senado Romano, enviou ordens a Aníbal para que desistisse de seus objetivos, mas este recusou-se, então o senado apelo ao estado Cartaginês para que entregassem Aníbal para julgamento, mas o Conselho dos Cem, órgão supremo de Cartago, negou o pedido. Assim Roma declara Guerra a Cartago e tem inicio o conflito. 


Após o inicio do sitio, as duas facções saguntinas começaram a brigar entre si, e então uma delas solicitou auxilio a Roma, uma estava a favor de Cartago e a outra a favor de Roma, a segunda facção solicitou aos romanos que arbitrassem o conflito, mas enquanto isso alguns membros da primeira facção foram executados. 




A MARCHA DE ANÍBAL 


Aníbal leva seu exercito para atacar a península Itálica escolheu a rota através do sul da Gália, ao invés de ir pelo mar, ele preferiu cruzar os Alpes afim de iniciar sua marcha. 


Neste mapa podemos ver toda a rota de Aníbal em sua invasão


Para deter o avanço de Aníbal o senado envia o enviou o cônsul Cornélio Cipião, pai de Cipião Africano, que buscou bloquear o avanço de Aníbal no rio Ródano. Mas o general Cartaginês tomou outra rota, passando pelo rio mais 
acima, deixando Cipião a sua espera. Como o exercito Cartaginês, possui elefante, eles foram atravessados utilizando balsas, este caminho foi ainda mais complicado para Aníbal do que se tivesse tomado o caminho da Riviera. 
O general Cipião, percebendo a estratégia de Aníbal, recua com seu exercito para a península itálica através do mar.
Os romanos conheciam bem este caminho, tendo em vista que era a rota mais utilizada pelos Gauleses para manobrar seus ataques. 
Está travessia custou muito caro aos Cartagineses, pois estes haviam escolhido tal rota, afim de obter auxilio, das tribos locais, mas o que encontram foi totalmente o contrario, as tribos se opuseram a Aníbal, e este teve que lutar para chegar até o topo dos Alpes. Aníbal ,estimam os historiadores, havia partido da base com cerca de 45 mil homens, mantendo 38 mil infantes e 8 mil cavaleiros ao cruzar o Ródano, dos quais apenas cerca de 20 mil infantes e 6 mil cavaleiros chegaram à Gália Cisalpina.
Mas finalmente em 218 a.c. Aníbal consegue transpor a barreira dos Alpes, pegando os Romanos totalmente de surpresa, pois os mesmos acreditavam que a passagem, certamente acabaria com o moral das tropas, e os faria desistir. Aníbal após transpor todos os obstáculos, sofrer inúmeras perdas, incluindo seus elefantes que tombaram doentes, consegue chegar a Península Itálica e enfrentar os Romanos. 


Ao seu encontro partiu então o General Cipião quem enfrentou Aníbal em outubro de  218 a.c., e ao usar magistralmente sua cavalaria impingiu derrota a Cipião na batalha de Ticinio. Em seguida foi a vez de Tibério Semprônio Longo, igualmente derrotado por uma armadilha preparada pela Cavalaria de Aníbal. 


Após suas vitórias, Aníbal destruiu duas cidades colônias romanas, na Gália cisalpina, graças as estas conquistas, e movidos pelo desejo de destrói Roma, varias tribos se aliaram ao general cartaginês, trazendo suprimentos e mais homens para as suas frentes de batalha. Aníbal, seguia invicto, marchando sobre a península Itálica. 


O mapa mostra as batalhas principais da segunda guerra. 


Afim de deter a invasão cartaginesa, e bloquear sua passagem em direção a Roma, os romanos mandam dois exércitos para as duas únicas rotas existentes, uma era Arriminum (atual Rimini) e a outra na Etrúria, em Arretium (atual Arezzo). Aníbal, se vendo forçado a escolher entre as duas passagens, escolhe a Arretium, onde se depararia com as tropas do cônsul Caio Flamínio.
Mas uma vez, tencionando usar o fator surpresa, Aníbal, avança por pântanos, em uma marcha ao longo de quatro dias e três noites, onde sofrem novamente, perdas de homens e animas, mas com mais um resultado a favorável, os cartagineses chegam a Arretium e encontram o exercito romano em acampamento, mas ao invés de seguirem e destruir os romanos, eles avançam e destroem a cidade de Arretium. O então cônsul Flamínio, vendo o resultado, parte em perseguição ao exercito cartaginês. Em meio a nevoa no dia seguinte, atacou os cartagineses e os fez recuar. Pensando então está vencendo o Cônsul, mais uma vez pois suas legiões em perseguição aos Cartagineses, sem perceber que cairia em uma bem planejada e preparada armadilha. 
O que estava por vir era a sua destruição completa, pois ao perseguir os cartagineses, os romanos, viram emergir das diversas colinas e montes que os cercam todo o exercito de Aníbal, impingindo ao cônsul e a Roma, mas uma derrota. 


Aníbal estava livre para atacar, conquistar e destruir Roma, mas por um motivo que permanecem ainda obscuro neste trecho da história, Aníbal não o fez, seguiu com sua marcha para o sul da península, passando por Roma sem nem mesmo penetrar na cidade, os romanos, acompanhavam seus passos atentamente sem entender também o que acontecia, pois aquela altura Roma, não tinha exércitos suficientes para derrotar Aníbal. O General tencionava, posicionar-se de maneira a receber suprimentos de Cartago, e afim de conquistar as cidades italianas da região, o que todavia, não ocorreu pois os mesmos permaneceram fieis a Roma, por razões políticas e incentivadas por rumores de que Aníbal, para obter suprimentos permitia saques na região.






Meus amigos, decidi que Desmembraria o artigo, pois está demasiado extenso e ainda demandaria de mais tempo para concluí-lo por tanto aguardem os próximos artigos, estamos longe do fim da segunda guerra púnica. 
Um forte Abraço.

2 comentários:

  1. Eita amor... o blog só está andando hein??? parabens...

    gostei desse artigo...
    parabens de novo!!!

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  2. Obrigado meu amor, seu apoio tem sido fundamental nesta empreitada. obrigado de coração

    Espero que todos estejam apreciando tanto quanto você.

    um beijo enorme. te amo.

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